A Vila Itororó é uma mistura de utopia e fracasso, de sonho e frustração, de construções e destruições. Ela é chave para entender melhor o passado de São Paulo mas também para pensar as transformações urbanas em curso. Este filme média-metragem conta um pouco sobre a história deste conjunto arquitetônico, as tensões sociais que o acompanham, e o atual debate público que acontece no canteiro de obras em torno do processo de restauração.
O documentário sobre a experiência do canteiro aberto que está acontecendo na Vila Itororó, se inicia com a fala de Luiz Fernando de Almeida, diretor do Instituto Pedra, citando Lina Bo Bardi, onde ela afirma que a Vila Itororó seria a grande contribuição de São Paulo para uma teoria e discussão sobre o Restauro no Brasil.
O filme traz dados e registros históricos que contextualizam a Vila Itororó na cidade de São Paulo, entrevistando até mesmo os sobrinhos do idealizador da vila - o empreiteiro português Francisco de Castro - que trazem diversas peculiaridades da concepção e cotidiano do lugar. Assim, é possível imergir nas particularidades da vila, o modo como foi projetada, construída e vivida.
O presente da vila também é debatido no documentário. Trazendo a reconstrução das relações sociais que estavam rompidas deste território com a cidade, a fim de enriquecer o debate público para o destino das casas da vila e decidir o destino cultural do espaço, levantando questões e convidando a pensar de forma coletiva a cidade que queremos.
FICHA TÉCNICA
Patrocínio: CAU/SP
Direção e produção: Estúdio Zut
Realização: Instituto Pedra